A Polícia Civil de Porto Alegre indiciou nove pessoas e duas empresas pela morte de animais dentro de duas lojas de uma rede de pet shop durante a enchente que afetou a cidade. Os inquéritos referem-se aos casos das lojas da Cobasi, localizadas na Avenida Praia de Belas e na Avenida Brasil, e da loja Bicharada, no centro da capital gaúcha.
Segundo a investigação, sete indiciamentos foram feitos em relação à rede Cobasi: quatro na unidade da Praia de Belas (três gerentes e uma médica veterinária, que é responsável técnica) e três na unidade da Avenida Brasil (incluindo o gerente e a responsável técnica da Praia de Belas). No primeiro local, voluntários tentaram resgatar animais e interagiram com empregados da Cobasi, que efetuaram a remoção dos pets que estavam vivos. No centro de compras do bairro Praia de Belas, a loja, situada no subsolo, ficou totalmente inundada, resultando na morte de todos os animais que estavam no local. A polícia também indiciou a loja Cobasi da Praia de Belas, da Avenida Brasil, e a matriz da empresa (CNPJs).
"Por que uma empresa bilionária não tomou uma decisão de retirar esses animais antes? Ficaram oito dias sofrendo maus-tratos. Não é crível que uma empresa desse porte não teria condições de recolher esses animais, tanto na Avenida Brasil quanto na Praia de Belas," afirmou a delegada Samieh Saleh, responsável pela Delegacia do Meio Ambiente do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
A Cobasi, por meio de nota, manifestou indignação com o indiciamento. Além disso, na loja Bicharada, foram dois responsáveis indiciados, além do CNPJ da empresa.
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