Nesta quinta-feira, o Litoral Norte do Rio Grande do Sul foi impactado por uma forte ressaca do mar, em um dia marcado por tempo instável, frio e chuvoso. Apesar da agitação acentuada do mar, com ondas que ultrapassaram os dois metros e uma maré de tempestade que avançou pela faixa de areia, não houve danos significativos nas praias.
O fenômeno, comum na costa em qualquer época do ano, especialmente durante o outono, inverno e primavera, é resultado da presença de ciclones no Atlântico e massas de ar frio. A ressaca desta quinta-feira, embora perceptível, não foi intensa o suficiente para causar erosão costeira ou estragos. O swell observado é efeito de um ciclone extratropical situado a cerca de três mil quilômetros de distância, nas ilhas Geórgia do Sul, próximo à Antártida. Este ciclone, devido à sua distância, não representa perigo ao território gaúcho.
Dados de modelos meteorológicos indicam que o ciclone responsável pela ressaca tem uma pressão mínima central abaixo de 950 hPa, configurando uma tempestade de grande intensidade no mar. Isso resulta em ondulações significativas que se propagam por uma vasta área do Atlântico Sul, alcançando milhares de quilômetros de distância e chegando até as praias do Sul do Brasil.
Apesar da força do ciclone no Atlântico Sul, ele não afetará as enchentes diretamente, exceto por possivelmente retardar o ingresso de águas da Lagoa dos Patos no canal em Rio Grande. Rios como o Guaíba e os da região da Grande Porto Alegre não sofrem influência direta do oceano.
Em Capão da Canoa, no Litoral Norte, a MetSul Meteorologia registrou imagens da ressaca na tarde desta quinta-feira, com as águas por vezes cobrindo a faixa de areia e atingindo os quiosques e a parede do calçadão.
A Marinha do Brasil mantém em vigor um aviso de ressaca para o litoral do Rio Grande do Sul, com previsão de ondas de 2 a 3 metros até amanhã. Para áreas de mar aberto, há um aviso aos navegantes sobre mar grosso, com ondas variando de 3 a 4 metros.
Com informações de MetSul
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