Após declarar estado de calamidade pública na noite de quarta-feira (8), a prefeitura de Imbé voltou atrás e revogou o decreto nesta quinta-feira (9). A mudança ocorreu em meio à repercussão negativa do caso, em um momento em que centenas de cidades no Rio Grande do Sul sofrem com inundações e danos à infraestrutura básica.
O prefeito de Imbé, Luis Henrique Vedovato (MDB), havia emitido o decreto com o objetivo de garantir serviços básicos e acessar recursos que seriam necessários para acolher as pessoas que buscavam refúgio na região do Litoral Norte, não atingida pelas enchentes. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o chefe do Executivo municipal destacou que os atendimentos de saúde já estavam sendo afetados devido ao aumento da demanda.
Segundo informações do município, cerca de 5 mil pessoas se deslocaram para Imbé nos últimos dias, fugindo das áreas afetadas pelas chuvas intensas. No entanto, até o momento, não foi montado nenhum abrigo público na cidade para acolher esses deslocados.
A decisão de emitir o decreto de calamidade pública gerou controvérsia, levando o Ministério Público do Rio Grande do Sul a anunciar que irá investigar casos de decretos emitidos por municípios que não foram diretamente atingidos pelas enchentes. A revogação do decreto por parte da prefeitura de Imbé indica uma reavaliação da situação e uma resposta às críticas da sociedade civil e das autoridades.
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