Nesta terça-feira (9), o governo do Rio Grande do Sul anunciou medidas para conter a proliferação do mosquito-pólvora no estado. Com pelo menos 13 municípios afetados, principalmente no Litoral Norte, a presença do inseto tem gerado preocupação entre a população.
A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) mobilizou cinco fiscais estaduais agropecuários para atuarem na região. Eles estão encarregados de investigar as notificações de maruins, como também são conhecidos os mosquitos-pólvora, e implementar ações de combate, especialmente em áreas de cultivo de bananeiras.
Durante uma reunião com representantes da Secretaria da Saúde (SES), o diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Seapi, Ricardo Felicetti, destacou a importância de medidas coordenadas para conter o avanço do mosquito. Ele elaborou diretrizes para o manejo das plantações de banana, que são locais propícios para a reprodução do inseto, ressaltando que as prefeituras devem se envolver nessas ações.
Felicetti também mencionou que está sendo investigado o aumento populacional do mosquito pela secretaria. Fatores como a presença do El Niño, temperaturas elevadas, umidade e condições irregulares nas plantações podem favorecer a proliferação. Após as vistorias, ambas as secretarias devem emitir uma nota técnica sobre o assunto.
O mosquito-pólvora, reconhecido por seu pequeno tamanho e coloração preta, tem gerado preocupação entre os moradores do Litoral Norte. Além de deixar manchas vermelhas no local da picada, o inseto pode transmitir a febre oropouche, embora até o momento não haja registros da doença divulgados pelas secretarias. Os sintomas incluem dor muscular, dor de cabeça, dor nas articulações, diarreia e náusea.
Entre os municípios com registros de proliferação do mosquito estão Dom Pedro de Alcântara, Osório, Maquiné, Terra de Areia, Três Forquilhas, Três Cachoeiras, Torres, Morrinhos do Sul, Itati, Caraá, Arroio do Sal, Pelotas e Taquara.