Uma ameaça quase invisível está assolando o sistema de saúde de Dom Pedro de Alcântara, município do Litoral Norte . Chamada de mosquito-pólvora, essa praga está preocupando os moradores locais devido à sua alta incidência e capacidade de transmissão de viroses.
Os habitantes relatam que já não conseguem mais sair de casa sem se deparar com esses mosquitos, cujo tamanho pequeno e coloração preta lhes conferiu o apelido. O mosquito-pólvora, também conhecido como maruim, é um tipo de inseto culicóide que se reproduz principalmente em plantações de banana, um recurso abundante em todos os municípios infestados na região.
As larvas desses insetos encontram ambientes favoráveis em folhas úmidas de bananeiras e nos troncos das plantas. A picada do mosquito-pólvora pode causar manchas vermelhas na pele e, embora ainda não haja registros da febre oropouche no Rio Grande do Sul, os sintomas são semelhantes aos da dengue e da chikungunya, incluindo dor de cabeça, muscular e nas articulações, além de náuseas e diarreia.
O Ministério da Saúde recomenda que casos suspeitos sejam notificados imediatamente, dada a capacidade de mutação do vírus causador da doença. No entanto, ainda não existe um tratamento específico contra a febre oropouche.
Os municípios do Litoral Norte, incluindo Dom Pedro de Alcântara, Osório, Maquiné, Terra de Areia, Três Forquilhas, Três Cachoeiras, Torres, Morrinhos do Sul, Itati, Caraá e Arroio do Sal, estão tomando medidas para controlar a proliferação do mosquito-pólvora. Um bioativo feito à base de levedura de cerveja será aplicado para combater a praga, sem prejudicar as plantações de banana que são fundamentais para a economia local.
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